Assessoria de Comunicação
A Coordenação do curso de Serviço Social da ESBAM, representada pela professora Simone Lisbôa, participou, na última segunda-feira (13), de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), oportunidade na qual foi discutido o cumprimento da aplicação da atuação profissional de Assistentes Sociais e Psicólogo, no processo de ensino e aprendizagem nas escolas públicas estaduais e municipais do Amazonas, obedecendo ao disposto na Emenda Constitucional Nº83/2014.
Ao tomar a palavra na tribuna, a professora Simone fez o apelo para que as autoridades competentes cumpram seu papel de executar a lei, e também chamou a atenção para que a sociedade civil organizada possa cobrar o cumprimento das leis.
“Já passamos pelo processo de organização e mobilização para aprovação da Emenda Constitucional Nº 83/2014. Ela (Emenda) já foi aprovada, porém, não tem sido respeitada e nem cumprida. Nós vivemos um momento muito propício na política brasileira onde temos a oportunidade de cobrar para que as leis sejam cumpridas pelas autoridades. Mas, nós também, enquanto ser social e ser político, precisamos pressionar os gestores que estão aí, em período eleitoral. Precisamos falar de política, pois não se efetiva politica pública e direitos sociais sem vontade política”, declarou a coordenadora do curso de Serviço Social da ESBAM.
De acordo com um levantamento que vem sendo realizado por um grupo de Psicólogas e Assistentes Sociais do Estado, Município e outros órgãos lidados à saúde pública, juntamente com dados fornecidos pela Junta Médica de Manaus; a maioria dos professores e alunos de Manaus e do Amazonas sofrem com algum tipo de distúrbio. Grande parte são diagnosticados com estresse e depressão devido às condições de trabalho.
“Em 2016, foram registrados 14.486 professores na rede pública de ensino. Desses, 3.565 adoeceram por algum tipo de doenças psicológicas. Em 2017, de um total de 15.309 professores, 5.561 procuraram a junta médica de Manaus, ou seja, um aumento de 9,6% de professores adoecidos. Hoje, para uma média de 252.664 servidores e alunos lotados nas escolas públicas, temos apenas 12 profissionais de Serviço Social e Psicologia para atendê-los. Isso é desumano! Por isso pedimos socorro!”, apelou a psicóloga da Secretaria de Educação e Qualidade do Ensino no Amazonas (Seduc), Kety Figueiredo Moreira, uma das coordenadoras do estudo que revelou números alarmantes dentro do ensino público no Amazonas.
Kety destacou ainda, durante a audiência pública que, com base no estudo, a maioria dos sintomas apresentados pelos servidores da Educação e alunos está, em primeiro lugar a depressão, seguida de ansiedade e o terceiro lugar fica por conta do estresse. O levantamento também registra ocorrências de fatos violentos, tais como: briga da família com o professor, família com a escola e de aluno com professor. O estudo aponta ainda que a carga demasiada de horas é um dos principais fatores que piora o elevado número de doenças psicológicas entre a comunidade educacional.
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