Um dos papéis fundamentais para uma sociedade justa e igualitária é, sem dúvidas, a promoção de ações sociais como forma de informação à população.

De acordo com Joyce Gomes, Assistente Social e Presidente da Associação de Travestis, Transexuais e Transgêneros do Estado do Amazonas – ASSOTRAM, um dos processos de rompimento das violências direcionadas à população LGBTQIAPN+ é justamente o conhecimento.

“É de suma importância trabalharmos as informações sobre a nossa comunidade com os futuros profissionais, pois são eles que irão atuar em diversas frentes das demandas da sociedade. Ainda há um déficit muito grande de acesso a algumas especificidades e profissionais que estejam, de fato, capacitados para atuar nas questões da população LGBT+”, disse.

O seminário trouxe a possibilidade de os acadêmicos terem acesso a outras pautas para além do ensino acadêmico. Conseguimos trabalhar muitas questões da comunidade trazendo as demandas, os nossos anseios, as violências no contexto macro e micro aqui da região e também mostrando a realidade e informações da ASSOTRAM, que desempenha um papel fundamental frente às demandas da sociedade, pontuou a presidente.

Fundada em julho de 2017, a Rede de Mulheres Indígenas do Estado do Amazonas – Makira E´ta, é uma organização da Sociedade Civil (OSC) independente, privada, de interesse público, sem vínculos político-partidários e sem fins econômicos.

Segundo Emanuel Baniwa, discente do 7º período do curso de Psicologia da IES e coordenador de comunicação da rede makira e´ta, a ação serviu para dialogar e entender como a psicologia pode caminhar junto a essas lutas.

“Observamos, nas iniciativas da Psicologia, um encontro sincero em meio aos movimentos sociais. A sensação é de extremo orgulho por fazer parte do projeto e, principalmente, por ser aluno da Esbam. A iniciativa da Psicologia vem um momento oportuno de muita observação e compreensão para com o ser amazônida”, concluiu.

Fundado no ano de 2018, o Coletivo Ponto de Lança é composto por jovens mulheres negras, as quais retraram o cotidiano da população periférica por meio de produções audiovisuais, que representam com exatidão como é, de fato, a vida nas periferias da região amazônica.

Victória Laranjeiras, acadêmica do 7º período do curso de Psicologia da faculdade e parte operante na organização do evento, comentou o desdobramento e iniciativa do curso em relação aos movimentos sociais.

“A ênfase social nos trouxe a importância dos movimentos sociais no dia a dia do Psicólogo(a). O tema antirracista, que foi estudado em sala de aula, também foi abordado na mesa redonda, trazendo pontos relevantes ao corpo acadêmico presente”, disse.

Um evento dessa magnitude é de suma importância para uma faculdade privada, pois soma positivamente para o crescimento pessoal e enriquecimento no processo de aprendizagem dos futuros profissionais, complementou.

Para Janderson Meira, aluno do 9º período do curso de Psicologia da ESBAM, os temas abordados são extremamente necessários para o dia a dia de um psicólogo(a).

“Pude constatar, como estudante de psicologia, a necessidade dos temas abordados para a nossa profissão. Iremos atender várias classes sociais ao longo da nossa jornada de trabalho e, por isso, precisamos estar seguros com temas dessa natureza”, afirmou.

É de extrema importância entender e saber lidar com a vulnerabilidade social, no sentido de dar o amparo necessário as pessoas que necessitam de um olhar humano. A ESBAM está de parabéns por trazer profissionais desse nível para debates que vão além da sala de aula, enfatizou o acadêmico.